COMUNICAÇÃO

Primeira itinerância da Unidade Móvel em 2024 registra mais de 250 atendimentos pelo Recôncavo e concretiza sonhos de família

08/03/2024 13:24 | Por Lucas Fernandes DRT/BA 4922

Caminhão da DPE rodou por 3 cidades, assegurando direitos à população de Maragogipe, Conceição do Almeida e Muritiba

“Ter um pai… ter o nome do pai, mesmo que falecido, é importante para nossas vidas”, se emociona seu José Antônio dos Santos, com um sorrisão no rosto e todo satisfeito por estar dando os primeiros encaminhamentos para se tornar oficialmente o sétimo de uma família de seis filhos(as).

Ele foi um dos atendidos durante a passagem da Unidade Móvel de Atendimento (UMA) da Defensoria da Bahia pelo Recôncavo, na primeira itinerância do caminhão de acesso à justiça em 2024. Foram registrados 251 atendimentos nas cidades de Maragogipe (Distrito de São Roque do Paraguaçu), Conceição do Almeida e Muritiba, nos dias 05, 06 e 07 de março.

Seu José realizou o exame de DNA pós-morte junto com seus familiares: sua suposta meia-irmã Ana Rita e o suposto meio-irmão Antônio Carlos, que mesmo acamado por um AVC compareceu para realizar o sonho do pai de reconhecer José como membro oficial da família, já que, independente dos laços de sangue, ele ja é considerado um irmão.

A esperança do resultado positivo do exame de DNA. José Antônio e sua suposta meia-irmã confiam que o sonho do pai de ter seu José reconhecido será realizado em breve

Agora, a família aguarda o resultado do DNA para dar prosseguimento à uma ação judicial para incluí-lo no rol de filhos, que deverá ser acompanhada pela assistência jurídica municipal. “Em breve, um sonho realizado!”, celebra José e a irmã.

A Defensoria também auxiliou a senhora Benedita Ribeiro a concretizar um sonho adormecido há 28 anos: dar o seu sobrenome à sua filha adotiva. “Quando ela era pequena, sempre questionava ‘por que todo mundo é Ribeiro e eu não?’ Agora vai ficar Isabela Santana RIBEIRO”, comemorou.

Um sonho de 28 anos! Bené Ribeiro conseguiu ajuda da DPE para registrar o seu sobrenome nos documentos de Isabela RIBEIRO, sua filha adotiva

“É importante levarmos os serviços da Defensoria Pública aonde ainda não temos Defensoria instalada e podermos concretizar sonhos, unir famílias, defender os direitos, promover a educação em direitos, levar cidadania à população vulnerabilizada. É muito emocionante ver a gratidão das pessoas que atendemos, e isso nos renova e revigora para seguir adiante” comentou a defensora Cristina Ulm, coordenadora do Núcleo de Projetos e Atuação Estratégica (NAE). Ela coordenou a equipe de 14 servidores(as) que saíram de Salvador para garantir direitos junto à UMA. O destaque desta itinerância foi a procura por exames de DNA, resoluções de divórcio consensual e correção de nome e informações nos documentos civis.