Tudo começou há três anos, quando a Defensoria Pública do Estado da Bahia –DPE/BA ofereceu atendimento integral prescrito na legislação brasileira às crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco, seja por estarem em situação de rua, abandonadas por seus pais, afastados por determinação judicial e abrigados em instituições de acolhimento, ou ainda por estarem cumprindo medidas sócio educativas e não tenham representantes legais.

Denominado de Acolher, o Projeto que já está consolidado dentro da Especializada em Curadoria Especial, vem fazendo um trabalho assíduo dentro dos gabinetes, mas também fora deles, no que diz respeito a visitas em abrigos e casas de medidas socioeducativas.

Em uma manhã festiva e com direito a bolo, o Projeto Acolher completou seus três anos, na manhã desta sexta-feira, 07, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública – ESDEP. Na ocasião, foi passado um vídeo com a trajetória do Projeto e o suficiente para comover a todos presentes.

O defensor público geral, Clériston Cavalcante esteve presente no evento e comentou sobre a simbólica comemoração: “Um projeto que foi gestado em nossa administração, demos apoio desde o início e tem a ver com o trabalho da Defensoria, que é justamente acolher, não apenas dentro da Instituição, mas também onde estas pessoas estão, com a escuta e o direcionamento”.

“Gostaria de parabenizar aos colegas que estão envolvidos neste projeto, é a Defensoria resgatando sua missão de fazer pontes. Que estes grupos vulneráveis sejam de alguma forma representados, sobretudo com o trabalho extrajudicial. O Acolher é uma síntese de várias áreas e este projeto tem transversalidade com tantos outros da Defensoria, fazendo com que a Instituição se empodere cada vez mais e não segregue a atuação das áreas. Estou muito feliz, parabéns a todos”, finalizou o defensor público geral.

A defensora pública e idealizadora do Projeto Acolher, Ana Virgínia Rocha, disse da alegria em constatar a efetividade do trabalho em conjunto com a sua equipe: “Ao longo dos seus três anos de existência, o Acolher atendeu 5.379 crianças, adolescentes e seus familiares em extrema condição de vulnerabilidade. Hoje também a Defensoria Pública se revigora e se enche de ânimo para, em 2019, intensificar o atendimento a este nosso público diretamente, nas ruas de Salvador”.

A coordenadora da Especializada em Curadoria Especial, Mônica Aragão, falou da felicidade em comemorar os três anos do Projeto Acolher junto a Curadoria Especial: “O que nos move na Defensoria é justamente fazer o diferente e o Acolher tem esta questão de realizar a busca ativa, ir nestes lugares onde estas crianças e adolescentes estão, já que existe ali uma situação de conflito com os representantes. Aí entra a Curadoria, para ser a voz e a vez deles”.

Quem também participou da comemoração foi o defensor público Ricardo Carillo; o subprefeito da Prefeitura Bairro de Cajazeiras representando as demais prefeituras bairro, Alan Muniz; o coordenador de Arteducação do Projeto Axé, Marcos Cândido; o técnico em atividades educacionais da Coordenação de Arteducação do Projeto Axé, Lucas Vezedek; o coordenador do Projeto Oxerê, Danilo Carvalho; o vereador do PSOL, Marcos Mendes; o advogado da Rede de Enfrentamento Contra Violência Contra Mulher, Mario Jeferson; representantes do Lar da Criança; jovens da Fundação da Criança e do Adolescente – FUNDAC, da Casa de Apoio e Assistência do Portador do Vírus HIV – CAASA e da Comunidade de Atendimento Socioeducativo – CASE Salvador.