COMUNICAÇÃO

Projeto Cidadania Rural visita comunidades de Serrinha e Biritinga

31/05/2010 23:08 | Por

Para chegar até o fórum do município de Serrinha em busca de orientação jurídica, os moradores da comunidade de Mandacaru I precisam caminhar por mais de uma hora. No último dia 27 de maio, a Defensoria Pública - com o objetivo de democratizar o acesso à Justiça - visitou a localidade, através dos defensores Gil Braga e Tatiane Franklin, para prestar atendimento e compreender as necessidades das mais de 100 famílias que residem na comunidade.

No local, além de apresentar o papel e serviços da Defensoria Pública, foram realizadas palestras sobre violência doméstica e familiar, reforçando os mecanismos previstos na Lei Maria da Penha. "Explicamos os principais direitos dos cidadãos e fizemos algumas perguntas com o objetivo de traçar o perfil da comunidade. Deixamos as pessoas tranqüilas para perguntarem e abordarem os mais diversos assuntos. Isso facilita nossa atuação, pois conhecendo a realidade dos nossos assistidos, temos mais argumentos na sua defesa", afirmou o defensor Gil Braga.

J.P.J. foi uma das moradoras da comunidade que participou do projeto e fez questão de demonstrar o seu contentamento com o projeto da Defensoria. "Eu achei maravilhoso e estava ansiosa pela visita, pois estou com muita esperança de resolver meu problema. Soube do atendimento em outras comunidades e acreditei que a Defensoria viria".

No mesmo dia da visita, o projeto também esteve na comunidade de Maravilha, que fica a 17 km do município de Serrinha, e no dia seguinte (28), na comunidade de Quipé, no município de Biritinga, onde a Defensoria realizou mais de 30 atendimentos.

A visita às comunidades faz parte do projeto Cidadania Rural, que visita localidades distantes dos centros das cidades, de forma itinerante, para viabilizar orientação jurídica à famílias que têm dificuldades de acessar os serviços da Defensoria.

"Temos de propagar pelo país a necessidade dos defensores públicos, agentes políticos de transformação social, irem ao encontro do seu público alvo, em alguns casos, mais do que carentes de cidadania, sedentos de dignidade. A atuação itinerante descentraliza a atuação dos atores do sistema de Justiça, sem aumentar os custos do Estado, fortalecendo o sentimento de Justiça nos cidadãos que residem distantes do centro", pontuou o defensor.