COMUNICAÇÃO
Projeto Diversidade na Rua realiza segundo encontro
Ao longo de 2016, dados de 132 atendimentos feitos pela Equipe de Atendimento Multidisciplinar para a População em Situação de Rua – Pop Rua – foram coletados para compor informações sobre a mulheres que vivem nesta condição. Dados das assistidas sobre a raça, idade, escolaridade e enfrentamento de violência compuseram um perfil: negras, em sua maioria, com idade entre 20 e 49 anos e que sofrem constantes violências, embora tenham muito medo de denunciar.
A defensora pública Fabiana Miranda explicou a necessidade de construir esse perfil. "O propósito é aprimorar o nosso trabalho. Se soubermos quem são os nossos assistidos e assistidas e o que que eles querem, será mais fácil garantir os direitos deles e delas", afirmou.
2017
No próximo ano, uma parceria será firmada entre a Defensoria, por meio da equipe Pop Rua, e o Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, com o objetivo de ampliar a pesquisa e obter resultados mais concretos no observatório. "Nós não alcançamos menos do que esperávamos este ano, mas esperamos que com essa parceria possamos utilizar esses dados da melhor forma", espera Miranda.
Estão entre as propostas para 2017, ampliar a atuação institucional entre Defensoria e universidade, produzir e divulgar conhecimento sobre pessoas em situação de rua e realizar atividades de promoção à saúde. A ouvidora-geral da Defensoria baiana, Vilma Reis, realizou a palestra de abertura e propôs, ainda, outras quatro frentes de atuação: educação, direito à cidade, habitação e trabalho.
Também participaram das apresentações o defensor público Felipe Noya, as professoras Jeane de Oliveira (Escola de Enfermagem da UFBA ), Sandra Moreira (FIB-Estácio), Jacqueline Soares (UNIFACS ), a representante do projeto Força Feminina Alessandra Gomes e as estagiárias da equipe Pop Rua Mafá Santos e Silvia Teles.
DIVERSIDADE NA RUA
O Projeto Diversidade na Rua conta com um observatório para levantamento de dados sobre as condições das mulheres, pessoas LGBTTI e profissionais do sexo em situação de rua. Inaugurado em 2015, o objetivo é verificar o tipo de violência que essas pessoas sofrem e realizar ações estratégicas de intervenção junto com parceiros e movimentos sociais.