COMUNICAÇÃO

Eleições 2020: Defensoria Cidadã – Candidatos à Prefeitura de Salvador respondem sobre direito à saúde

05/11/2020 13:25 | Por Ascom DPE/BA

Até o dia 12 de novembro, serão exibidas as respostas dos prefeituráveis sobre nove temas ligados à atuação da DPE/BA

Tem início nesta quinta-feira, 5, a série “Eleições 2020: Defensoria Cidadã”, que apresentará em vídeo e texto as respostas de candidatos e candidatas à prefeitura de Salvador sobre temas que têm impacto na vida das pessoas atendidas pela Defensoria.

O assunto abordado no primeiro episódio da série é “Direito à saúde”. As perguntas foram enviadas para as assessorias e/ou coordenações das candidaturas das nove chapas que concorrem à Prefeitura de Salvador. Destas, quatro enviaram respostas: Celsinho Cotrim (Pros), Major Denice (PT), Olívia Santana (PC do B) e Pastor Sargento Isidório (Avante). Não enviaram respostas as seguintes candidaturas: Bacelar (Podemos), Bruno Reis (DEM), Cezar Leite (PRTB), Hilton Coelho (PSOL) e Rodrigo Pereira (PCO).

Transcrição do vídeo

Abertura – Olá, eu sou Rafson Ximenes, defensor público geral do estado da Bahia. Estou aqui para apresentar a nova série “Eleições 2020 – Defensoria Pública Cidadã” em que nós encaminhamos perguntas para os candidatos e candidatas à prefeitura de Salvador sobre temas relacionados a atuação cotidiana da Defensoria Pública trazidos pela população baiana, pelas pessoas mais pobres, pelo público assistido da Defensoria.

As perguntas e a ordem de respostas foram sorteadas para todos os candidatos e candidatas. Hoje é o primeiro dia da série. Serão nove episódios e cada um vai sair um dia nas redes da Defensoria. Serão nove perguntas para cada candidato e candidata responderem: e o tema de hoje é saúde.

1 – DIREITO A SAÚDE

Pergunta lida por: Maria Irla Carneiro – Analista de Direito do Núcleo de Saúde da Defensoria

São muitas demandas de acesso à saúde que chegam até a Defensoria Pública diariamente. A dificuldade de acesso à saúde ainda é muito grande na capital baiana. Para se ter uma ideia, os dados do observatório da instituição apontam que 10% das demandas de saúde que chegam até nós, são de pessoas que não conseguem o agendamento de consulta nos postos de saúde.

Ainda há aquelas que não conseguem a liberação de medicamentos simples como: para controle de pressão arterial e diabetes. Outras nos relatam que não conseguem a liberação de materiais e insumos, como seringas, fraldas, curativo… e ainda há aquelas que não conseguem agendamento para exames de alta complexidade.

Sendo assim, como os candidatos pretendem resolver esse problema?

Respostas:

Celsinho Cotrim (Pros) –  Só há um remédio para a saúde pública: nós fortalecermos o SUS, juntarmos as forças com o Governo do Estado e com o Governo Federal. Nós pensamos para a prefeitura de Salvador fazermos quatro coisas a fim de resolvermos a fila e a fim de resolvermos essas questões que afligem a todos nós. Quais são elas?

Primeiro: a marcação de todas as consultas de forma on-line. Segundo: ampliação de dois turnos para três turnos, sendo manhã, tarde e noite funcionando até às 22 horas. Terceiro: abertura de concurso público para contratação de mais médicos e demais profissionais na área de saúde. E quarta questão: nós vamos criar um aplicativo para que, assim como o Uber e assim como o iFood, nós possamos solicitar o médico e o exame que tiver faltando na prefeitura, sendo que o cartão de crédito desse aplicativo será o da prefeitura de Salvador.

Dessa forma, a gente acredita resolver o problema da fila e fortalecendo o SUS, a gente resolver o problema dos medicamentos e demais utensílios e materiais que ainda faltam nas unidades de saúde.

Pastor Sargento Isidório (Avante) – Todo mundo sabe que Salvador é a terceira pior cidade em investimento na saúde. Nós estamos falando de uma capital importante como Salvador, onde o investimento na saúde é precário. Você tem aí várias UPAs, várias coisas, porém tudo sem funcionar. O problema é botar para funcionar direito.

Além da maternidade que a gente precisa construir e de mais um hospital municipal no Subúrbio, a gente precisa acabar com essas filas para cirurgias tão simples que as pessoas levam quase um ano de espera. Aí nós temos também agora a fila da morte, que é a chamada regulação, na qual se tem que escolher quem morre primeiro, quem vai na frente… A gente precisa trabalhar também para acabar com isso. Precisamos da saúde preventiva, porque doenças como diabetes, câncer, doenças como tantas outras aí podem ser vistas com prevenção. Cuidando da nossa gente, valorizando profissionais da saúde.

Eu devo dizer que eu não sou médico, eu não tenho obrigação de saber tudo… Agora, eu tenho obrigação de, como prefeito, garantir que a saúde vai ter que funcionar melhor para o povo que paga imposto estar cercado de equipe técnica capaz. Eu tenho certeza que nós vamos discutir saúde nas prefeituras bairros, porque serão eleitos novos prefeitos e prefeitas, farão política pública junto com a vice-prefeita e com os técnicos. Estaremos, em cada área, discutindo uma saúde melhor para todos vocês. Minha convicção é que, se eu não sei fazer, eu vou pegar quem sabe, vamos conversar e vamos ter a sugestão juntamente com a participação do povo e vai dar tudo certo, em nome de Jesus.

Major Denice (PT) – Eu e Fabíola trouxemos, no nosso plano de governo, a saúde como uma de nossas prioridades. Pensar na saúde é dar as pessoas prevenção e acompanhamento. Para isso, nós estaremos colocando em todos os postos de saúde equipe médica e também a oferta da medicação correlata. Quando nós pensamos na saúde e trabalhamos com a prevenção, as medicações serão muito mais controladas e manejadas adequadamente. Traremos mais quatro policlínicas, a exemplo desta que o governador Rui Costa está construindo em Escada e em Narandiba. Um espaço perto das pessoas, onde elas poderão fazer suas consultas e exames, evitando assim aquelas filas.

O prontuário digital é fundamental para o acompanhamento desta saúde. Se por acaso você estiver longe do espaço onde você mora, você terá, através de um sistema, todas as informações que o médico ou a médica que for te atender precisará.

Pensar na saúde da mulher também é trazer a demanda do preventivo. Muitas de nós sequer têm acesso a este exame, tendo que muitas vezes arcar na rede particular. Nós estaremos garantindo os exames preventivos em todos os postos de saúde e oito consultas pré-natais para todas as mulheres que estiverem grávidas em Salvador a partir do próximo ano. E àquelas que completarem as oito consultas, que cuidarem da sua saúde, da sua criança, nós estaremos ofertando um lindo kit de enxoval.

A pandemia mostrou como esta cidade precisa cuidar da saúde das pessoas e o pós-pandemia trará mais este desafio. Mas nós estaremos preparadas para poder alcançar e superar essa pauta, esse desafio a partir de ações preventivas, estruturantes e que de fato consolidarão atenção básica nesta cidade.

Olívia Santana (PCdoB)  – O nosso compromisso é de ampliar a cobertura da atenção básica à saúde. 45% da população de Salvador não tem acesso à atenção básica, porque a cobertura em Salvador, oferecida pela prefeitura, é de apenas 55%. Nós vamos integrar a rede primária, a rede especializada. Vamos adotar o prontuário digital, afinal nós precisamos em incorporar as novas tecnologias ao serviço de saúde, para facilitar a vida da população.

A atenção primária tem que ser eficaz. Nós temos que garantir que as pessoas possam fazer seus exames, possam cuidar do pré-diabetes. Nós temos que garantir que a pessoa que tem hipertensão procure a rede e seja atendido. Se precisar de um especialista, que você já saia do posto de saúde com seu atendimento marcado e agendado com o especialista. Isso para nós é fundamental.

Além da implantação de mais UPAs, de garantir o bom funcionamento da rede de autoatendimento, de alta complexidade, os hospitais, o hospital municipal […] nós vamos construir a maternidade municipal, mas nós vamos garantir sim a ampliação dessa cobertura de atenção básica, para dar a sustentação que a população precisa à sua saúde. Não deixar a saúde estragar, para a pessoa ir ficar lá na fila da regulação no hospital quando a situação já se agravou.