COMUNICAÇÃO

Projetos de Lei que beneficiam as Defensorias tem votações adiadas no Senado

20/08/2009 21:09 | Por

Foi adiada a votação da PLC 43/09, que estava na pauta da sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ ) desta última quarta-feira, dia 19/08. Um pedido de vista do senador Tasso Jereissati adiou a votação do Projeto que é de autoria do Deputado Edmilson Valentim (PCdoB/RJ) e regulamenta a atuação da Defensoria Pública na Lei de Execuções Penais, além de assegurar maior eficiência nos processos de execução, bem como o atendimento dentro dos presídios.

Aprovada, a lei estabelecerá a obrigatoriedade da assistência gratuita e integral, dentro e fora dos estabelecimentos penais pela Defensoria Pública, prestando serviços tanto a internos quanto a seus familiares que não tenham como pagar um advogado. Para tanto, os estados deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material ao órgão. Além disso, o Projeto também incluirá a Defensoria Pública na lista de órgãos da execução penal, tornando-a integrante do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e garantindo sua presença no Conselho Penitenciário e no Conselho da Comunidade.

Segundo dados do Ministério da Justiça (2008), o Brasil tem cerca de 450 mil presos, dos quais 90% não podem arcar com atendimento jurídico particular. O projeto - que tem como relator o senador Osmar Dias (PDT-PR), voltará à pauta da CCJ na próxima quarta-feira (26/08), às 9h30, no Senado.

PLP 137 - Outra pauta que beneficia a Defensoria Pública também teve votação adiada na CCJ foi a PLC 137/09, que trata da autonomia da Defensoria e deveria ter sido votada no dia 12 de agosto. O adiamento foi em virtude de um requerimento de audiência pública para discussão, proposto pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG). Esta audiência ocorrerá no próximo dia 27 de agosto, às 10h na CCJ, em Brasília.

Apesar do apoio e dos esforços engendrados pelo relator do projeto senador Antonio Carlos Valadares (PSB - SE) - designado pelo senador Demóstenes Torres, a votação não conseguiu ser realizada. Ainda assim, com a audiência marcada, Valadares indicou os presidentes da ANADEP e da ANPDU, bem como representantes do Ministério da Justiça e do Conselho Federal da OAB (que apóia o projeto) para participarem desta audiência. O Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (CONDEGE), presidido pela defensora geral da Bahia, Tereza Cristina Ferreira também se fará presente.