COMUNICAÇÃO

Rede de combate ao racismo se reúne na DPE/BA para apresentar atuação no carnaval 2017

01/02/2017 12:48 | Por Daniel Gramacho - DRT/BA 3686 (Texto e Foto)

O racismo institucional por parte da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal foi apontado como principal ato de racismo praticado no carnaval

Nem só de alegria vive o carnaval e para discutir as intempéries da festa momesca a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA recebeu a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia para finalizar o planejamento da estratégia de ação conjunta para o Carnaval 2017. O encontro foi promovido pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado – Sepromi.

O defensor público César Ulisses Oliveira Monteiro da Costa ressaltou que a Defensoria Pública já é membro da Rede, com atuação tanto no combate ao racismo, como à intolerância religiosa. “Devido à exiguidade do tempo, não foi possível manter uma estratégia em conjunto com a Rede, mas ficaram aqui as sugestões para a construção de um planejamento estratégico para atuação no carnaval de 2018. Para agora, conseguimos imediatamente, dentro de cada instituição que compõe a Rede em suas ações dar o suporte, neste viés do combate ao racismo e à intolerância religiosa”, explicou César Ulisses.

O racismo institucional por parte da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal foi apontado unanimemente pelos membros da Rede como a principal forma de racismo perpetrada durante a folia momesca. O encontro reuniu representantes do Ministério Público, do Tribunal de Justiça da Bahia, da Ordem dos Advogados da Bahia seção Bahia, do Fórum de brasileiro de mulheres negras, da Assembleia Legislativa da Bahia, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.

Para o coordenador executivo da Sepromi, Antônio Cosme Lima da Silva, a reunião foi bastante profícua. “Conseguimos reunir aqui atores e atrizes de diversos segmentos das universidades, do governo, da Defensoria, do Tribunal de Justiça, enfim, uma ação importante, que demonstra que a solução que nós temos para barrar as violações de direitos humanos é atuar em rede”, afirmou Antônio Cosme.

Restou deliberado pela Rede uma reunião com data a ser definida com a Polícia Civil e Militar para saber como será feita a atuação no carnaval.

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