COMUNICAÇÃO
RETROSPECTIVA 2021 – Trabalho dos Núcleos foca na integração e na atuação mais estratégica da Defensoria
Com dois novos Núcleos criados este ano e avançando os passos nos que já existiam, Instituição visa atuação mais especializada em determinadas áreas
“Que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro”. A frase, comum em cartões de final de ano, resume bem um dos desejos da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA para o próximo ano: colher os frutos e resultados positivos de tudo que foi plantado em 2021, a exemplo dos Núcleos criados pela Instituição para fortalecer e especializar, ainda mais, a sua atuação.
No mês de março, para marcar o início da Gestão 2021/2023, a Defensoria anunciou a criação do Núcleo de Integração, que veio para reforçar a atuação estratégica da Instituição e padronizar o trabalho dos defensores públicos que atuam na capital e no interior. Entre as diversas atividades realizadas pelo Núcleo, que tem à frente os coordenadores Cristina Ulm e Gil Braga (área Não-Penal) e Maurício Saporito (área Penal), estão as reuniões periódicas com os defensores, o projeto ‘Momento de Integração’ e sua oportunidade de compartilhar experiências, a elaboração de protocolos de atuação, expedição de Notas Técnicas e muito mais.
Já em setembro, a Defensoria deu mais um passo no atendimento que já realizava e criou o Núcleo de Assistência Jurídica ao Policial Militar, Policial Civil e Bombeiro Militar em atividade. A novidade ficou por conta da inauguração de espaços físicos, dentro do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar e no edifício-sede da Polícia Civil, para realizar os atendimentos relacionados aos processos que tramitam nas Varas Criminais, na Vara de Auditoria Militar, os procedimentos administrativos e também as demandas da área não-penal.
Com os atendimentos realizados pelos defensores e acompanhados de perto pelos coordenadores da Especializada Criminal e de Execução Penal, Fabíola Margherita Pacheco e Pedro Paulo Casali Bahia, a iniciativa repercutiu tanto pelas Defensorias do país que o defensor público geral do Amazonas, Ricardo Queiroz, e o defensor público também do Amazonas, Maurílio Maia, vieram conhecer as instalações e o trabalho realizado pelo Núcleo. “Nestes três meses foram registrados 68 atendimentos (52 policiais militares, 5 bombeiros militares e 11 policiais civis), 26 procedimentos administrativos, 140 atuações em Inquérito Policial Militar e 10 audiências”, contabilizou a servidora Isadora Cardim, que atua no Núcleo.
No mês seguinte, em outubro, chegou a vez de designar os membros efetivos [as defensoras Eliana de Souza Batista Cavalcante Reis (coordenadora), Joseline Maria Mota Barreto e Maria Fernanda Alves Bório] do Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor – Nudecon, criado há 10 anos e que tem entre as suas principais atribuições a proteção e defesa dos direitos do consumidor. A primeira reunião do Núcleo foi realizada em novembro e a atuação judicial e extrajudicial de resolução dos casos será intensa. “Esta é uma área em que as demandas têm crescido. Com a população cada vez mais ciente de seus direitos e cada vez mais consciente do que podem exigir, a Defensoria tem sido mais procurada para tratar desses litígios de pessoas físicas contra bancos, grandes empresas, entre outros. É importante estruturar esta atuação para identificar de forma mais eficiente os melhores caminhos de solução destas demandas”, destacou, na época da designação, o defensor público geral, Rafson Saraiva Ximenes.
Um olhar para dentro da Instituição
Um Núcleo que já existe, mas que voltou o seu olhar, em 2021, para dentro da própria Defensoria foi o Núcleo de Apoio Psicossocial – NAP. Uma iniciativa da 1ª Regional, sediada em Feira de Santana, o projeto “Eu Cuido (de mim, de você e do mundo)” deu tão certo por lá que, no mês de agosto, foi trazida para Salvador e, além dos encontros coletivos mensais, passou a oferecer acolhimento e escuta individuais realizados pelas psicólogas do NAP na retomada gradual das atividades presenciais durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.
“Todas as pessoas têm medos e vulnerabilidades que, somados a um contexto de pandemia, geraram uma instabilidade emocional ainda maior. As instituições devem se preocupar também com a saúde mental dos seus servidores e com a Defensoria Pública da Bahia não é diferente: precisamos cuidar das pessoas que trabalham conosco e resolvemos criar um Centro de acolhimento psicológico para nossos(as) defensores(as) públicos(as), servidores(as) e estagiários(as)”, anunciou, em uma das reuniões de definição sobre a vinda do projeto, a subdefensora-geral Firmiane Venâncio.