O destino das 120 famílias ameaçadas de terem seus imóveis demolidos na Rua Monsenhor Rubens Mesquita, no bairro do Tororó, poderá ser definido na próxima semana, quando será agendada uma nova reunião entre a Defensoria Pública do Estado e o secretário de Habitação do Município, Antonio Eduardo dos Santos de Abreu. O objetivo é encontrar uma saída que não seja a derrubada das casas.

No último dia 5, a defensora pública Mônica de Paula Oliveira Pires de Aragão, subcoordenadora Cível e da Fazenda Pública, visitou o local e constatou diversas irregularidades nas notificações da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município - SUCOM. A ausência de data e hora no documento, por exemplo, foi o que mais chamou a atenção da defensora. O órgão, que por sua vez havia decretado a desocupação dos imóveis em um prazo de 48 horas, voltou atrás na decisão.

Mônica argumenta que, antes de adotar qualquer medida, as partes envolvidas no caso devem sentar e negociar, para que os moradores não saiam prejudicados. "Se essas famílias tiverem suas casas demolidas, para onde irão?", questionou. A defensora, que já vem acompanhando o caso dentro do projeto Jornadas da Habitação Digna, participou na última semana de uma reunião visando um consenso entre Prefeitura, Ministério Público e Defensoria de forma que evite prejuízos para os ocupantes.