Através da Conferência Pública do Orçamento Participativo de Salvador, realizada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, deu-se por encerrado mais um ciclo de conferências que durou dois meses. O evento ocorreu hoje, 29, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia – ESDEP.

A Conferência começou com a apresentação do novo vídeo institucional, no qual foi mostrado as atuações, campanhas, ações e trabalhos desenvolvidos pela Defensoria.

Temas como o fortalecimento da oferta de serviços ligados aos grupos vulneráveis; atuação na defesa dos presos evitando permanência indevida nas unidades prisionais; e atuação nas causas que envolvem conflitos de terra e direito à moradia, foram os mais discutidos e levantados durante o Orçamento.

O defensor público geral do Estado da Bahia, Clériston Cavalcante de Macêdo, ressaltou sua felicidade ao ver tantos representantes da sociedade civil nesta Conferência e o quanto é importante que este ciclo não se encerre, que as próximas gestões deem continuidade à este trabalho do Orçamento Participativo.  E frisou, também, que a Conferência Pública não é feita para, e sim com o cidadão.

“Ouvimos pessoas portadoras da HIV, mulheres negras, pessoas LGBTQI, enfim, é importante termos a escuta desta sociedade baiana, porque representamos de alguma forma estas pessoas”, finalizou o defensor-geral, Clériston de Macêdo.

A coordenadora da capital, Gianna Gerbasi, comentou que neste ano, além da construção dos elementos prioritários e de ouvir a sociedade, também foi levado um retorno à comunidade referente aos Orçamentos de anos anteriores, o que deixou as pessoas estimuladas em irem participar e opinar novamente.

A ouvidora-geral da Defensoria Pública, Vilma Reis, falou da importância dos Movimentos Sociais estarem presentes neste momento, de provocar um nível de participação da sociedade e citou uma frase da poetisa e escritora afro americana Maya Angelou: “Não há maior agonia do que ver uma história não contada dentro de você”.

O presidente da Associação de Defensores Públicos do Estado da Bahia – Adep/BA, João Gavazza, revelou que, sem dúvidas, a Defensoria Pública hoje é o Órgão do Sistema de Justiça que melhor dialoga com a população.

O presidente da Adep-BA ainda acrescentou que a Defensoria é a única Instituição do Sistema de Justiça que possui representante da sociedade civil dentro dela, facilitando diálogos, ouvindo reclames e também ouvindo a população nas necessidades, desejos e aspirações.

Liliane Campos, que compareceu ao evento representando a Associação de Advogados dos Trabalhadores Rurais – AATR, levantou a importância de ser desenvolvido um trabalho voltado para as causas que envolvem conflitos de terra.

Durante o Orçamento Participativo, questões como o Racismo ambiental institucional e a criação de uma especializada de defesa dos direitos das mulheres, que não constam nos tópicos de preenchimento, também foram elencadas como prioridade.

Estiveram presentes na última Conferência Pública deste ano representantes das seguintes instituições: Unegro, Conselho Pastoral dos Pescadores, Movimento Sem Terra da Bahia – MSTB, Movimento de Mulheres, Plataforma Brasileira de Políticas Sobre Drogas, Movimento da Libertação da Mulher, Planejamento e Gestão da Secretaria de Relações Institucionais – SERIN, Instituto Búzios, Movimento do Sem Teto da Bahia, Núcleo de Desenvolvimento Social e Cultural da Bahia – NUDESC, Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia, Quilombo Dom João, Rede de Mulheres Negras, Movimento dos Idosos, entre outros.