COMUNICAÇÃO
SANTO AMARO – Análises da qualidade da água do Rio Subaé comprovam poluição
Os resultados foram entregues ao Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Degradação e Racismo Ambiental instituído pela Defensoria
Os resultados que apontaram poluição do Rio Subaé e qualidade da água ruim e/ou péssima serão analisados pelos defensores públicos que integram o Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Degradação e Racismo Ambiental de Santo Amaro, grupo esse instituído pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA.
As análises, coletadas no mês de novembro, foram entregues pelos professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em reunião realizada pela DPE/BA para discutir acerca da contaminação por metais pesados e a degradação ambiental no município de Santo Amaro.
Para a defensora pública Ana Carolina de Oliveira, sem esse apoio científico não seria possível comprovar a existência de poluição “As conclusões do grupo de pesquisa da UFRB revelam a dimensão do dano ambiental provocado na Bacia do Rio Subaé. O trabalho dos professores tem sido o grande vetor dos caminhos trilhados pelo Grupo de Trabalho”, pontuou a defensora que é titular da comarca de Santo Amaro.
Agora, o Grupo de Trabalho avaliar quais medidas serão adotadas para diminuir o impacto ambiental causado pela empresa Penha Papéis na Bacia do Rio Subaé.
A reunião foi realizada na quinta-feira, 5, e contou com a participação da defensora pública Ana Elisa Spector, da coordenadora da 6ª Regional, Carina Góes e o defensor público federal, Vladimir Correia.
GT de Racismo Ambiental
O Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Degradação e Racismo Ambiental em Santo Amaro busca ampliar a capacidade de atuação da DPE/BA no enfrentamento da contaminação do solo e dos recursos hídricos no município de Santo Amaro, assim como de seus impactos sociais nas comunidades locais, especialmente quilombolas e pesqueiras.
Além do tema do despejo de resíduos nos rios e do descarte de lixo hospitalar em mangues, um dos principais tópicos de atenção do GT se refere ao problema da contaminação de chumbo gerada há 40 anos atrás por um antigo descarte da empresa, de origem francesa, Plumbum-Mineração e Metalurgia Ltda. O material acabou sendo utilizado como recurso em obras da cidade e, posteriormente, gerou contaminações.
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