COMUNICAÇÃO
SANTO ANTÔNIO DE JESUS: Regional promove série de atividades em alusão ao dia da Consciência Negra
Programação envolveu convidados ativistas, palestras e documentário.
Com um mês recheado de ações culturais, reflexivas e provocativas sobre o dia da Consciência Negra, a 6ª Regional da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, em Santo Antônio de Jesus, também não ficou de fora e promoveu atividades em alusão a data.
Abordando o tema Arte e Cultura Negra: Café com Consciência, a ideia foi dialogar com a população sobre as diversas consequências que o racismo traz para a vida do ser humano que sofre o preconceito racial e como essa prática é cruel, invisibiliza e mata uma população sobre a qual foi construída uma história. Para isso, os assistidos da DPE/BA tiveram café da manhã especial, apresentação musical e de poesia, recitadas por grupos culturais e estagiários da instituição, e documentário que abordou sobre a população negra, sua história e trajetória de lutas e resistências.
A defensora pública Clarissa Lima, que atua em Amargosa e é integrante do Grupo de Trabalho Igualdade Étnico Racial da DPE/BA, e os ativistas e militantes do Movimento Negro em Santo Antônio de Jesus, Reginaldo Silva e Letícia Gammbalé, expuseram em uma roda de conversa temáticas que levaram a reflexão sobre as diversas faces do racismo e como o movimento negro vem enfrentando essa questão na sociedade.
Para a defensora pública e coordenadora da Regional, Carina Góes, a atividade superou as expectativas. “A intenção foi proporcionar aos assistidos um dia de reflexão sobre a Consciência Negra e o racismo, mas o resultado foi surpreendente e emocionante. As falas dos convidados, o interesse das pessoas, o engajamento dos servidores fez o dia de hoje muito especial com a valorização do negro e da sua cultura. Um momento de agradecer a esse povo que fez e faz esse país no braço”, declarou Carina.
Para a assistente social do município Arlete Lobo, a realização do evento reforça o papel da Defensoria Pública da Bahia de promover e defender os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade. “Creio que esse não tenha sido apenas um espaço para comemorar o 20 de Novembro, mas, sobretudo, se configurou como uma oportunidade para a Defensoria se colocar junto à população negra como parceira na luta contra o racismo e toda e qualquer forma de discriminação. Foi um evento belíssimo, participativo e que trouxe importantes contribuições para pensarmos as nossas posturas frente ao racismo”, expôs.