A sustentabilidade no setor público representa um importante passo de continuidade em uma tendência que já vem sendo adotada pelo setor privado. A transformação digital e seus avanços tecnológicos dão alternativas mais eficientes para a tramitação e o armazenamento de documentos. Nesse sentido, reavaliar o uso de papel representa um grande desafio. Para apresentar o Sistema Eletrônico de Informações – SEI, que será implantado na Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, uma palestra sobre o referido sistema aconteceu nesta terça-feira, 6, na Sala do Conselho Superior.

De acordo com o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo, a implantação do sistema no dia 1 de dezembro na Instituição representa mais um grande avanço da DPE/BA na área de tecnologia. “O SEI é um processo administrativo eletrônico que objetiva acabar com o uso do papel. Hoje tivemos uma apresentação para que entendam do que se trata. Por isso, solicitamos um servidor de cada unidade para acompanhar a atividade. Posteriormente, haverá uma capacitação”, acrescentou ele.

A utilização do SEI reduz o uso de papel, agiliza as análises de processos, gera economia de recursos públicos e amplia a transparência na gestão pública. Desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o sistema é cedido gratuitamente para instituições públicas e permite que a gestão de processos administrativos seja realizada dentro de um mesmo ambiente virtual.

O Sistema Eletrônico de Informações, que possui uma interface simples e intuitiva, introduz práticas inovadoras no setor público, elimina o uso de papel como suporte físico para documentos institucionais, além de disponibilizar informações em tempo real. Ele pode ser acessado remotamente por diversos tipos de equipamentos, como microcomputadores, notebooks, tablets e smartphones.

“Poderemos captar as informações e trabalhá-las sob o ponto de vista da gestão. Quando eu crio um formulário que aceita atributos nos seus campos, esses formulários começam a ganhar inteligência. Na Bahia, estamos no degrau um de onde podemos avançar em uma escala de zero a dez. E a partir daí poderemos fazer uma melhor prestação de serviço para quem está na ponta. Aquilo de fato que chamamos de governo eletrônico construindo uma rede de atendimento”, explicou o coordenador do SEI Bahia, Anderson Vasconcelos.

ECONOMIA DA MÁQUINA PÚBLICA

O novo software já tem mais de 1,35 milhão de documentos e 90 mil processos eletrônicos cadastrados, além de 24 mil usuários. Já a economia gerada para os cofres públicos na Bahia já chega a R$ 2,7 milhões. Só a redução nos custos diretos, como papel A4, capa e impressão, chega a R$17,74, em média, por processo.