COMUNICAÇÃO
Situação do Viver será discutida em audiência pública na próxima segunda-feira, 20
Defensoria Pública e Comissão das Mulheres da Câmara promoverão o debate na próxima segunda-feira, 20, às 9h, na Câmara Municipal de Vereadores de Salvador
As condições do Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual (Viver) serão discutidas em audiência pública a ser promovida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador na próxima segunda-feira, dia 20. Os problemas relacionados à manutenção do único serviço especializado no atendimento às pessoas vítimas de violência sexual na Bahia estão relacionados à insuficiência de profissionais que compõem as equipes do serviço. Com apenas um das suas unidades em atividade – a segunda, localizada no Complexo Policial de Periperi está desativada – o Viver conta atualmente com 16 profissionais entre psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros e apoio administrativo, quando o ideal seria a formação de uma equipe com 53 pessoas atuando nas duas unidades – Barris e Periperi.
Considerado um serviço de referência e pioneiro na Bahia, o Viver dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e advogados que asseguram o acolhimento médico e psicossocial, além de acompanhamento dos processos judiciais às pessoas vítimas de violência sexual – sejam crianças, mulheres ou LGBTs.
Embora o serviço especializado de atendimento às pessoas vítimas de violência sexual seja essencial, atualmente, apenas a unidade localizada no prédio do Instituto Médico Legal (IML), na Av. Centenário, está funcionando. Além da insuficiência de profissionais, outra reivindicação de grupos que pedem uma avaliação do Viver é a reabertura da unidade do Subúrbio. De acordo com a coordenadora do serviço, Dayse Dantas, é de lá que chegam a maioria dos casos de violência atendidos pelo Viver.
Desde que foi criado, em 2001, o serviço registrou ao todo 11.271 atendimentos até outubro de 2015. Apenas em 2015, segundo o órgão, foram registrados 431 casos, com 369 mulheres que sofreram algum tipo de violência sexual. A violência mais comum é o estupro de vulnerável, totalizando 217 ocorrências. A faixa etária mais atendida foi de adolescentes entre 12 e 15 anos, somando 107 casos.
Foram convidados para compor a Mesa, além do governador, representantes da Secretaria de Segurança Pública, do Serviço Viver, e da Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.
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