Na última segunda-feira, 24, o projeto Sala de Espera da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA abordou o tema Setembro amarelo: Prevenção do suicídio, na unidade de Teixeira de Freitas. Este é um tema complexo que já foi um tabu muito maior, e por isso não é discutido com a determinada importância, muitas vezes até omitido.

De acordo com a psicóloga do Núcleo de Apoio Psicossocial da DPE/BA, Raíssa Batista Rodrigues, o suicídio, ao ser considerado como um problema do sujeito individual, não é reconhecido como questão de saúde pública. “Por isso, as ações voltadas à prevenção não ocorrem de forma adequada, além de não serem levadas em consideração as formas de sofrimento produzidos nas instâncias sociais, históricas e culturais”, avalia a psicóloga, que apresentou o tema aos assistidos que aguardavam atendimento.

“O tema do suicídio é considerado tabu na sociedade. Nota-se que a mídia evita abordar o tema com medo de elevar as taxas, enquanto as demais pessoas simplesmente decidem não comentar sobre o assunto. Porém, conversar abertamente pode fazer com que a pessoa se sinta acolhida, se liberte dos preconceitos estigmatizados pela sociedade e tenha oportunidade de obter ajuda. Um diálogo aberto, respeitoso e compreensivo, podem fazer a diferença. A Organização Mundial da Saúde nos diz que 90% dos casos podem ser evitados com a prevenção. Por esse motivo, percebe-se a importância de se abordar o tema com os assistidos”, ressaltou a Raíssa Rodrigues.

Setembro ficou conhecido como o mês de prevenção ao suicídio e passou a ser denominado de Setembro Amarelo. Está é uma campanha nacional que teve início em 2015, a partir de uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A campanha também foi intensificada em outras unidades da Defensoria.

ALAGOINHAS – “Suicídio – entender para prevenir” foi debatido em palestra realizada pela DPE/BA