O tratamento e a prevenção da tuberculose foram temas da palestra do Projeto Sala de Espera, promovido pela Defensoria Pública Estado da Bahia – DPE/BA, na manhã desta quarta, 29, na Casa de Acesso à Justiça I, do Jardim Baiano, no bairro de Nazaré. Enquanto esperavam atendimento, os assistidos tiveram esclarecimentos sobre a doença e puderam participar com perguntas.

O subcoordenador da Especializada Cível e Fazenda Pública da DPE, Gil Braga, chamou atenção para importância da iniciativa num momento em que há registros de aumento de tuberculose no país, sendo a Bahia, o terceiro estado em número de casos. "Estamos voltando a ter o aumento de casos na Bahia e no Brasil, isso é muito grave e sério!", alertou.O serviço de atendimento à tuberculose foi outro ponto abordado pelo subcoordenador, especialmente com a privatização do hospital Otávio Mangabeira, referencia no tratamento da doença: "É um processo que vamos acompanhar de perto, para evitar qualquer prejuízo ao serviço", pontuou.

Coordenadora do ambulatório de Tisiologia do Hospital Otávio Mangabeira, a médica Maria do Carmo Corbacho, falou de forma simples e direta sobre a história da doença na humanidade, ciclo de ocorrência, importância da conscientização e evolução no tratamento. "Já foi um flagelo na humanidade, mas hoje tem tratamento, é curável."

Após a palestra, a enfermeira Jane Dias prestou atendimento individual a quem tivesse interesse no diagnóstico da doença, com orientação em relação aos exames, fornecimento do coletor e encaminhamento para unidades de tratamento. O evento foi feito em parceria entre a DPE/BA, Governo do Estado e Prefeitura e fez parte das ações que marcam a semana de combate a Tuberculose, que começou no dia 24 deste mês, marco mundial de mobilização e luta contra a doença.

Impressão dos Assistidos

Com a ampla participação dos assistidos, a palestra quebrou mitos sobre tratamento e cura. Para o defensor Gil Braga a qualidade da palestra se refletiu nos questionamentos. "As perguntas claramente refletiram a qualidade da palestra. Foi uma atividade foi muito positiva".

Para Gilson Nascimento, 57, eletrotécnico, ter recebido esclarecimento sobre a doença, despertou o entendimento para a importância da alimentação: "Apesar de termos certas privações, principalmente na situação que a gente passa, de desequilíbrio de nutrição e moradia, sairei daqui mais consciente sobre o que posso fazer para me fortalecer contra a doença".

Para o estudante Gabriel Arthur, 18, ter informação sobre a tuberculose é fundamental para a prevenção. "É uma doença que se ouve falar muito e sabe pouco, principalmente como se prevenir dela e como ela é passada de uma pessoa para outra", ressaltou.

Para a médica Maria do Carmo, foi um momento único para toda a coordenação do programa de prevenção à tuberculose. "Tivemos uma oportunidade de falar sobre a doença de maneira simples e clara. A receptividade, atenção e perguntas que aconteceram me mostraram que eles entenderam o que falei e tiraram as dúvidas que tinham", concluiu a coordenadora do ambulatório de Tisiologia do Hospital Otávio Mangabeira.

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