COMUNICAÇÃO
Unidade Móvel da Defensoria atende aos moradores de Palmas de Monte Alto
Mais de 100 moradores chegaram cedo à Praça da Bandeira em busca de orientação jurídica, acordos extrajudiciais, realização de exames de DNA e muito mais
A Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA realizou a sua 18ª viagem pelo interior da Bahia! Na última quarta-feira, 4, após percorrer mais de 700 quilômetros, chegou a vez de atender a cerca de 100 moradores de Palmas de Monte Alto, no Oeste do Estado. Foram registrados cerca de 100 atendimentos.
A acessibilidade é um direito de todos e, na Unidade Móvel, não podia ser diferente. Durante o atendimento em Palmas de Monte Alto, a rampa de acessibilidade entrou em ação e permitiu o acesso de uma das moradoras da cidade aos gabinetes da Unidade. “Assim que eu liguei o rádio ontem, às 7h da manhã, ouvi a notícia da vinda da Defensoria para Palmas. Dispensei até pedreiro que fazia um serviço lá em casa para me preparar, juntar todos os documentos e não perder esta oportunidade hoje de lutar pelo pagamento da pensão alimentícia do meu filho”, relatou a dona de casa, que há 16 anos passou a utilizar cadeira de rodas após ser baleada nas costas.
Quem também foi em busca de orientação jurídica sobre o que fazer para conseguir o divórcio foi a lavradora Luzia de Oliveira Silva, 50 anos. “Minha história parece até mentira: casei aos 16 anos, obrigada pelo meu avô e só vi meu marido na hora de assinar os papeis. Assim que saímos do Fórum, ele foi embora e nunca mais voltou. Agora, continuo casada, no papel, com um homem que não sei por onde anda, se está vivo ou se está morto”, contou ela, que não vê a hora de retirar o sobrenome do marido dos seus documentos. “Já são 33 anos sem resolver isso”, revelou.
Com a proposta de levar a Defensoria ao cidadão, a Unidade Móvel não mede esforços para fazer isso acontecer. Um dos exames de DNA, para reconhecimento de paternidade, foi realizado dentro da Delegacia de Palmas de Monte Alto, a pedido da também lavradora Ana Kelly Santos, 21 anos. “Ele (o suposto pai do bebê) está na delegacia e não tem como sair de lá e vir aqui. Preciso muito deste exame para tirar a dúvida se ele é o pai do meu filho ou não”, explicou ela, enquanto aguardava atendimento.
Realizada na Praça da Bandeira, no centro da cidade, a ação contou com orientação jurídica, acordos extrajudiciais, realização de exames gratuitos de DNA para reconhecimento de paternidade e muito mais. “A procura foi muito grande e pudemos perceber a demanda e a ansiedade das pessoas pela atuação de um defensor público na cidade”, observou a defensora pública Deliene Martins, que atua em Guanambi e participou da itinerância. “É cada vez mais visível tanto a importância deste atendimento como a necessidade das pessoas”, acrescentou o defensor público Luciano Trindade, que também atua em Guanambi. Além dos dois defensores, a itinerância também contou com a participação de servidores de Salvador e de Guanambi.