COMUNICAÇÃO
Unidade Móvel de Atendimento garantiu acesso à Justiça aos moradores de Castro Alves e região
Exames de DNA, retificação de registros e divórcios se destacaram nestes dois dias de atendimentos.
A auxiliar de serviços gerais Alessandra de Jesus (45) e o eletricista Fernando José dos Santos (47) não vivem juntos há 22 anos, mas foi apenas com a chegada da Unidade Móvel de Atendimento – UMA da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA a Castro Alves que eles conseguiram agilizar o processo de divórcio. “Eu vi o caminhão da Defensoria, parei e pensei que era a hora de cada um viver sua vida sem mais nenhum tipo vínculo, né?”, comenta Alessandra.
Ambos saíram visivelmente alegres da sala em que o defensor público os atendeu. “O serviço foi rápido, excelente e houve muita boa vontade dos defensores em nos ajudar. Me sinto muito aliviada, vou poder ter o meu nome de origem de volta após tanto tempo”, diz a auxiliar.
Fernando José também não nega a felicidade em concluir esta história. “Foi tudo tranquilo, Alessandra é uma pessoa maravilhosa, temos duas filhas juntos, mas não deu certo permanecer casado e cada um tem que viver sua vida”, contextualiza.
A diarista Célia da Silva Aquino (55) estava passando por muitas dificuldades e constrangimentos ao apresentar sua documentação, já que o nome da sua mãe estava equivocado na certidão de nascimento. “Fui tirar uma segunda via e o nome dela, que é Laurize da Silva Aquino, veio Lauriza da Silva Aquina. Com esse erro não consegui renovar o meu benefício do Bolsa-Família. Fui muito bem atendida aqui e meu problema foi resolvido muito rapidamente”, explica.
Terezinha (81) e Edimeire Brito (42), mãe e filha, vieram da zona rural da cidade vizinha de Santa Terezinha para encontrar a UMA em Castro Alves. A primeira trouxe um caso envolvendo cobrança irregular de empréstimo, enquanto a segunda pede a cobrança de pensão alimentícia.
“Eu mexo muito na internet, então vi nos blogs e nas redes sociais que a DPE/BA estaria aqui e corri para Castro Alves, pois em Santa Terezinha há uma dificuldade enorme em se resolver casos como o nosso, por conta da ausência de profissionais. O atendimento foi muito bom e a gente está muito grata pela forma com que a gente foi atendida aqui”, comenta Edimeire.
Nos dois dias em que esteve estacionada na Praça Dionísio Teixeira, 5 e 6 de dezembro, a UMA atendeu cerca de 100 pessoas, tanto em orientações jurídicas diversas quanto em exames de DNA para reconhecimento de paternidade.
“A gente percebeu que é uma região carente, encontramos muitas pessoas que sequer sabiam que existia uma instituição voltada à defesa dos seus direitos. Tivemos muita procura por DNA, divórcios e retificação de registro. Fizemos uma reunião com a tabeliã e conseguimos fazer as retificações todas administrativamente”, avalia positivamente o defensor público Raphael Varga.