COMUNICAÇÃO
VALENTE – Segundo dia da volta da Unidade Móvel da Defensoria à cidade alcança mais 102 atendimentos
Somando os dois dias, a UMA atendeu a 154 moradores neste retorno à cidade
Nesta sexta-feira, 20, o segundo dia do retorno da Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA à cidade de Valente, considerada a capital do sisal, alcançou quase o dobro de atendimentos do primeiro dia: foram atendidos 102 casos que, somados aos do primeiro dia, totalizaram 154 atendimentos sobre os mais diversos casos nesta volta à cidade.
Uma das primeiras a chegar, a lavradora J.B.N, de 28 anos, conseguiu conciliar o trabalho e a busca pela garantia dos seus direitos. “Deixei estendidos lá mais de 300 quilos de sisal e vim correndo para aproveitar esta volta de vocês”, revelou.
Quem também aproveitou a nova visita da Defensoria para resolver todos os problemas da família de uma só vez foi a aposentada Elizete Ferreira Lima, que mora no povoado de Encruzilhada: “vim com meus dois netos e com uma das minhas filhas para fazer o exame de DNA com os [supostos] pais dos meninos. As crianças têm que ter um pai, têm que saber quem é”.
Pensar no futuro
Há um ano, quando a Defensoria veio a Valente pela primeira vez, o pequeno A.E.S tinha apenas 3 dias de vida e, nesta sexta-feira, três dias após assoprar a primeira velinha agora terá a oportunidade de ter o nome do seu pai no registro de nascimento: o exame de DNA realizado durante a visita da UMA no ano passado deu positivo e, agora, finalmente, pai e mãe puderam, durante a sessão de mediação e conciliação, chegar a um acordo sobre os alimentos e as visitas.
“Vamos esquecer o passado e, a partir de agora, viver o presente e pensar no futuro. Vou assumir as minhas responsabilidades e fazer de tudo para ser um bom pai”, prometeu Aloísio Santana Junior, 21 anos, que está desempregado e “vive de bico”.
“Não tenho palavras para agradecer a vocês tudo que fizeram por nós: a coleta do [exame] DNA, a abertura do envelope, o encaminhamento para o Cartório [de Registro Civil] para que meu filho passe a ter o nome do pai, o valor da pensão alimentícia e os dias em que ele ficará com o filho”, agradeceu a lavradora Flávia Silva, 26 anos.
Caminho certo
De acordo com o coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida, são reconhecimentos assim, como o da lavradora, que confirmam que a UMA está no caminho certo. “Muitos moradores vieram da primeira vez que estivemos aqui e voltaram nesta segunda vez para aproveitar todos os serviços que oferecemos. Esta procura mostra o quanto a Defensoria é essencial e o quanto estes moradores, inclusive de cidades vizinhas, acreditam em nosso trabalho”, resumiu o coordenador, que, neste segundo dia, continuou dividindo os atendimentos com os defensores públicos Igor Raphael Novaes e Victor Rego e contou com o apoio dos servidores de Salvador e Serrinha.