AMARGOSA – Ouvidoria realiza escuta qualificada e articula encaminhamentos para demandas por acesso à Justiça e direitos
Por Júlio Reis - DRT/BA 3352
Para tratar de racismo, intolerância religiosa, direitos humanos, entre outros temas, a Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA esteve na cidade de Amargosa. A iniciativa faz parte do projeto Ouvidoria Pé na Estrada que busca construir canais de escuta e de fortalecimento de entidades da sociedade civil e movimentos sociais em suas lutas por acesso à Justiça e pela efetividade dos direitos no interior da Bahia.
Para a ouvidora-geral, Sirlene Assis, o encontro que reuniu diversas lideranças comunitárias na terça-feira, 14, além de representantes do poder público local, foi muito proveitoso para articular ainda mais os grupos e os encaminhamentos das demandas apontadas na roda de conversa.
“Entre as demandas que mais se apresentou em nossa roda de conversa, estiveram o abuso sexual e outras violências contra as crianças, a fome de famílias, e a violência contra as mulheres. Um dos encaminhamentos é fazer um pacto em defesa da infância e da juventude, além de um diálogo com a prefeitura para instalação de um núcleo de atenção a mulher”, disse Sirlene Assis.
Já a líder comunitária Cacirlene Andrade assinalou que a roda de diálogo necessita “seguir para construir as mudanças de uma realidade que em muitos pontos é negativa”.
De acordo com a defensora pública Clarissa Verena, que atua na unidade da Defensoria em Amargosa, o momento foi particularmente ímpar já que avança sobre a escuta das pessoas. “A Ouvidoria e a ouvidora estão de parabéns por iniciar este projeto de deixar a capital, os gabinetes, e vir para o interior em contextos de carência de oitiva [escuta]. Foi proporcionado um ambiente onde todos puderam expor suas demandas, suas necessidades e, mesmo, fragilidades de forma a nos dar força e encorajamento para uma luta que é diária”, comentou.
Sirlene Assis disse ainda que a ocasião serviu para sinalizar a todos sobre a eleição do grupo operativo da Ouvidoria, que deve ocorrer em março. “Contamos com o apoio das entidades presentes para construir a mobilização e participação dos movimentos sociais de Amargosa neste processo”, assinalou.