Seminário internacional da Ouvidoria finaliza com relatório de encaminhamentos e agradecimentos
Por Leilane Teixeira
Evento ocorreu durante esta terça-feira, 13, e teve transmissões pelos canais da Defensoria no YouTube e Facebook
Após um dia de muitas conversas e debates on-line em torno das políticas públicas a partir de um recorte racial, o “Seminário Internacional pelo Direito à Cidade e Política Urbana Antirracista”, promovido pela Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, teve sua mesa de encerramento marcada por agradecimentos e sobre quais serão os rumos das sinalizações feitas pelos participantes ao longo do dia.
“Quero começar agradecendo a Ouvidoria da DPE por abraçar a causa e as demandas da população negra de Salvador e parabenizar aos participantes de todas as mesas pela contribuição. Foi um dia de muito aprendizado, reencontros e de muito material para que a gente possa dialogar, a partir de agora, de uma forma mais efetiva sobre as políticas urbanas antirracistas”, ressaltou a coordenadora Estadual dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil/BAc- APNs e uma das responsáveis pela organização do evento, Alaíde Santana
Ainda em sua fala, Alaíde Santana comentou que poder falar sobre esse assunto e pensar em ações que abrangem as necessidades da população negra é “retomar nosso lugar de fala, nosso lugar de pertencimento, que, embora Salvador seja majoritariamente composta por negros, ainda há uma certa disputa territorial”, completa.
Além dela, compuseram a mesa de encerramento para fazer as considerações finais a ouvidora-adjunta da DPE/BA Zenilda Natividade e a representante do coletivo Fórum Permanente de Itapuã – FPI e da Câmara Técnica do Conselho Gestor da APA Lagoas e Dunas do Abaeté, Marly Muritiba. A mediação ficou por conta da coordenadora da Assessoria de Comunicação da DPE, Vanda Amorim.
Composto também por Grupos de Trabalho (GT) que envolve organizações e associações engajadas no assunto, o seminário teve mesas que abordaram temas como: Diáspora Africana e o Direito à Cidade; Urbanismo Africano e o Direito à Moradia; e Arquitetura Africana e a Reforma Urbana. De acordo com a ouvidora-adjunta da DPE/BA Zenilda, os relatórios das conversas e dos principais pontos levantados serão enviados as lideranças competentes.
“Iremos entregar esse documento ao próximo gestor ou gestora municipal de Salvador. A ideia é que venha assumir a cidade, apresente um projeto que contemple a população desassistida e que vise distribuir os recursos para garantir esses direitos que tratamos de forma tão profunda nesse e no outro seminário”, comentou.
Zenilda reiterou ainda a importância da participação da população tanto na construção quanto na tomada de decisão para essa garantia, já que, segundo ela, “toda definição unilateral impacta diretamente na vida da população negra, pobre, desassistida e que mora, principalmente, nos bairros periféricos”. concluiu.